20080621



A Selecção Nacional de Poetas iniciará amanhã
o estágio de preparação para uma competição de nível internacional.
As expectativas para o torneio são, naturalmente, as maiores.
A Selecção Portuguesa, reconhecida mundo fora como the Adamastor
(leia-se em tom estrangeiro),
enfrentará no dia 27 pelas 18:30 a França de Breton.
Em emissão em directo e consensual,
Portugal deverá iniciar a partida com o onze-ao-vivo:




Camões será o guardião das redes nacionais.

Nas alas Cesário Verde e o esquerdino Ary dos Santos,
com Álvaro de Campos e Ricardo Reis no centro
(de quem se espera um invulgar entendimento táctico);

Sá Carneiro ocupará a posição de médio-defensivo,
num meio campo orquestrado pelo virtuoso António Maria Lisboa
e por Fernando Pessoa, este último capitão dos movimentos nacionais.

O ataque será levado-a-cabo por Nuno Moura na direita
(o Pantera Negra dos versos, que actua pelo Metáforas de Maputo)
e por Paulo Condessa, a descaír para o sempre, pela esquerda;

O lugar de ponta-de-lança estará reservado para Mário Cesariny de Vasconcelos,
bota-de-ouro na Europa da poesia e dono de um infindável leque
de habilidades meta-literárias.



5 comentários:

joana disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Joana Me disse...

Estamos preparados

Tomás disse...

são uma data de homens a correr atrás de uma verdade

Jorge Oppenheim disse...

o campos é uma espécie de materazzi ou ricardo carvalho?

o pessoa é uma espécie de maradona ou best? creio que best. com o devido respeito e como treinador de secretária, a braçadeira de capitão deveria ser entregue a camões pela experiência acumulada e perfil.

o cesariny é claramente um cantona.

falta aqui, no entanto, um Al berto, claramente c ronaldo pela maneira de aconchegar o equipamento e cabelo.

devo dizer que sou adepto do 4-4-2. Portugal só ganha em jogar com o pessoa e o cesariny soltos na frente.

P AL disse...

Caro Jorge

O Campos será sem dúvida um Carvalho das letras — classe na praticidade. O Materazzi é só eficaz.

O Pessoa um Rui Costa, o Maradona era anão, e o Best era um bruto. Entendo o ponto de vista sobre o capitão, mas discordo de se entregar a braçadeira a um guarda-redes; a experiência e clarividência tácticas de um guarda redes são essenciais, mas não há nada como uma lista amarela no braço do Homem que corre mais que os outros — uma questão de exemplo.

Cesariny e Pessoa são figuras sim, mas a guerra ganha-se no meio-campo...

Ao Al Berto chamemos-lhe um homem de balneário.

4-3-3